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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Subo o piano.


Subo o piano
E, tocando cada tecla,
Rasgo de desejo
A tua pele.
O sangue cai,
De um vermelho
Claro…
De um encarnado escuro…
Escorre-te pelo
Corpo duro…
Coberto de sedução…
Intimidas-me com o teu nariz.
Sinto-lhe o toque enquanto me beijas.
Detecto nos teus olhos
O quanto me desejas.
Mendigas-me.
A tua fome de carne
Torna-te fraca.
E a minha consciência
Quase teu dono.
Noites silenciosas de Outono,
Recintos da minha eloquência
Corporal. Intimidade que se divaga
Por todo teu físico infernal.
Mordo-te os mamilos,
Chicoteio cada retalho de teu pensamento
Repudiando-te… Ansiando-te…
Provo-te a seiva.
Lambendo-a das tuas curvas corpóreas.
Sei-te o sabor…
E tu…
Que sabes de mim?
Nada.
Apenas que a minha força
Te enfraquece
Ao mesmo tempo que te enlouquece
De um ódio de amar eterno
Como a origem do Universo.

Pedro Rodrigues, 2-12-2008.

2 comentários:

Uma página da minha vida! disse...

Bem...
Jamais me passaria pela cabeça esta tua capacidade! Continua com a tua escrita fantástica que eu farei questão de ler sempre que puder!É CC, é CC, é CC!!!

Um abraço.

Anónimo disse...

bem!!!
ja sabes o k penso... ja te o disse... tenho mesmo muito orgulho em ti.... continua a fazer o k fazes de melhor.... adoro os teus poemas...
bjinho