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segunda-feira, 22 de junho de 2009


Mostra-me,
Satisfaz-me.
Quero sentir
O cheiro
E a humidade
Do teu sigilo.
O não poder
Excita-me,
Num jogo impudico
Onde tu sais
Sempre a ganhar…
Danças...
Com as mãos
Acaricias os seios
E com as ancas
Projectas erotismo.
Aproximas-te,
Ensaboando
Teu traje menor
Entre pernas.
Amordaças-me
Com ele.
Sou o maníaco
Sem nome
Da cadeira
De madeira.
Aquele que se
Preenche com
Aromas impróprios
De uma serventia perversa.
Delicio-me com
As tuas cuecas,
Fazem-me cócegas
No céu da boca.
Apagas o que resta
Da realidade
Enclausurando
Com a boca
Toda a minha virilidade.
Possessa.
Estás possessa…
Saltas-lhe para cima
Num soar de uivos
Mais audíveis do que os
De uma alcateia faminta.
E fazes de mim
Um baloiço
Que te açoita a
Ânsia.
Oscilas como
Se a noite acabasse
Antes do término
Do teu fôlego.
Nas costas
Sinto o escorrer
Do sangue.
São feridas reabertas
Pelas tuas garras
E sinónimo do prazer
Que te aplico.
Nunca sararam.
Nunca irão sarar.
Talvez no inferno
Queimem…
Num fogo que
Deixará os nossos
Corpos negros.
Num lugar
Onde nos alimentaremos
Um do outro,
Sem almas
Ou inteligência
Ou foices de
Vozes alheias
Que lhes saqueiem
O apetite.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Marionetas


Tremem como valas
Repletas de corpos feridos.
Gritando na cratera
De um veneno vivo,
Os últimos suspiros
De um som abafado
Pela virilidade
Das balas.

Ao longe,
Os batalhões continentes.
Circulando como cifras,
Gotejando como torneiras,
Paralisados como mártires
Vomitados pela História.

No covil,
Supremos comandam
Corpos reais
Como actores que presenteiam
Plateias nos teatros,
Com espectáculos de marionetas.

Fumo,
Muito fumo.
Medo,
Bastante medo.
E tecnologia,
Imensa tecnologia.

E os bonecos
Já não são de madeira,
Nem suportados por fios.
E aplausos são arrancados
Como crostas de uma matéria
Cada vez mais real…

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Porta do Surrealismo.

Curta Metragem no ambito da disciplina de Escrita Audiovisual do curso Comunicação Social e Educação Multimédia 1ºAno Pós-Laboral, Leiria.

quinta-feira, 4 de junho de 2009




Sopros de abandono.

Frívolos, reais, vulgares.

Sagacidades inóspitas

Num leito voraz, atroz, uno…

Desaguam no silêncio de

um tornado abandonado

Vozes berrantes de uma

certeza incerta.

Uma ferida aberta

que sangra fechada

debaixo da capa de um livro.

Um assunto abafado

por sombras de uma agonia

estranha de si própria.

Cordas que me atam,

mordazes como um relâmpago

inócuo que abafa a história

de uma árvore, impedindo-a de

envelhecer na solidão de um campo usado.

Perco-me num indecoroso galopar

De desprovidas displicências.

Na cicatriz que me dói

Pela saudade de nada sentir.

De esconder sem entender os

Erros calculistas de uma infrutífera rédea

pousada no dorso da vida, que me repara

Sem que eu a veja.

Queimo o meu corpo

no vazio da tua ausência

só para ver o oxigénio

Lutar como eu luto,

Coabitar como eu habito,

E esgotando-se como se dilacera

uma mácula vestida de rudimentares rostos

remanescentes em resquícios rudes.

Oh ninfa de um cosmos

para lá do verosimilhante!

Mostrai-me os coriscos

da bem-aventurança,

Extinga todos os redundantes

enganos da semelhança

E não sejais ímpar e

transparentemente pleonástica,

No cognome do ortónimo existencial,

Que é a Vida.



Pedro Rodrigues em parceria com Diogo Rodrigues.