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quinta-feira, 4 de junho de 2009




Sopros de abandono.

Frívolos, reais, vulgares.

Sagacidades inóspitas

Num leito voraz, atroz, uno…

Desaguam no silêncio de

um tornado abandonado

Vozes berrantes de uma

certeza incerta.

Uma ferida aberta

que sangra fechada

debaixo da capa de um livro.

Um assunto abafado

por sombras de uma agonia

estranha de si própria.

Cordas que me atam,

mordazes como um relâmpago

inócuo que abafa a história

de uma árvore, impedindo-a de

envelhecer na solidão de um campo usado.

Perco-me num indecoroso galopar

De desprovidas displicências.

Na cicatriz que me dói

Pela saudade de nada sentir.

De esconder sem entender os

Erros calculistas de uma infrutífera rédea

pousada no dorso da vida, que me repara

Sem que eu a veja.

Queimo o meu corpo

no vazio da tua ausência

só para ver o oxigénio

Lutar como eu luto,

Coabitar como eu habito,

E esgotando-se como se dilacera

uma mácula vestida de rudimentares rostos

remanescentes em resquícios rudes.

Oh ninfa de um cosmos

para lá do verosimilhante!

Mostrai-me os coriscos

da bem-aventurança,

Extinga todos os redundantes

enganos da semelhança

E não sejais ímpar e

transparentemente pleonástica,

No cognome do ortónimo existencial,

Que é a Vida.



Pedro Rodrigues em parceria com Diogo Rodrigues.





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