Não me consigo exprimir.
O meu coração é um jardim
Onde rosas choram lágrimas
De vidro que ferem espinhos.
A minha mente, uma cratera
Onde o vento impera
Cantando na solidão
De uma destruição concretizada.
E todo o meu corpo
É como prata fundida,
Reflectindo o céu.
Sento-me,
Inclino-me
E deixo que a
Minha sombra
Se espalhe pelo chão
De um campo de
Cravos negros.
Clamo.
Não sei porquê,
Não sei de quê.
Talvez apenas
Porque o que me consome
Por dentro queira sair.
Porque o que me fere,
Deseje acabar de arder
Em território neutro.
Porque o meu coração foi um jardim
Onde rosas se protegiam
Das lágrimas, com espinhos.
A minha mente,
Um bloco de conhecimento
Estruturado por camadas
Maciças de certeza.
E todo o meu corpo
Foi como ouro sólido,
Reflectindo com vaidade
O seu brilho.
Não me consigo exprimir.
A fogueira adormece.
Os cravos confundem-se
Na escuridão da noite.
A sombra abandona-me
E o grito desaparece
Ao longe, com o vulto
Que sou…
O meu coração é um jardim
Onde rosas choram lágrimas
De vidro que ferem espinhos.
A minha mente, uma cratera
Onde o vento impera
Cantando na solidão
De uma destruição concretizada.
E todo o meu corpo
É como prata fundida,
Reflectindo o céu.
Sento-me,
Inclino-me
E deixo que a
Minha sombra
Se espalhe pelo chão
De um campo de
Cravos negros.
Clamo.
Não sei porquê,
Não sei de quê.
Talvez apenas
Porque o que me consome
Por dentro queira sair.
Porque o que me fere,
Deseje acabar de arder
Em território neutro.
Porque o meu coração foi um jardim
Onde rosas se protegiam
Das lágrimas, com espinhos.
A minha mente,
Um bloco de conhecimento
Estruturado por camadas
Maciças de certeza.
E todo o meu corpo
Foi como ouro sólido,
Reflectindo com vaidade
O seu brilho.
Não me consigo exprimir.
A fogueira adormece.
Os cravos confundem-se
Na escuridão da noite.
A sombra abandona-me
E o grito desaparece
Ao longe, com o vulto
Que sou…