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sábado, 3 de outubro de 2009


Não há mais tento no que tento, do que o tento sem causa desse tento. Padeço. O amor é mesmo uma coisa desfalecida. A frustração, uma lâmina que divide a consciência em duas partes, a insensata e a esquecida. Afinal, o mundo é sempre igual. Não há mais dizer no que digo, do que o que digo sem causa desse dizer. Perco-me. A vida é perpetuamente sólida. Os seus intervalos, líquidos que se condensam e que retornam apenas quando querem. Afinal o arbítrio é sede do incógnito.

As pessoas são todas iguais. São como pontos finais que encerram frases de um livro interminável. De um livro sem histórias dentro da História. De um livro sem capa ou folhas, de um livro apenas. Aquele que se escreve num encéfalo que o destrói progressivamente, à medida que o tempo passa. Um livro sem tempo, ou tento, ou dizer. Um dos que se perdem após um primeiro copo, copo que nunca é só o primeiro. Um dos muitos livros que fingimos existirem.

Às vezes apetece-me estar calado. O silêncio pode ser, em inúmeras ocasiões, o sofrimento dos pobres. Às vezes apetece-me estar calado em mim mesmo. Deixar que a ignorância me tome, só para sentir que sou alguém interessante. Só para me esquecer dos pontos finais, das histórias minúsculas ou maiúsculas, dos livros que não existem. Para me esquecer que a razão é um castigo, que o silêncio é um cretino e, a frustração, uma realidade que não posso deturpar…

9 comentários:

Zlati disse...

Wow...Quem és tu??
René Magritte...ouves piano..nem dá para acreditar! Eu tenho uma obsessão por arte e piano, é bom saber que ainda existem homens assim! Belo blog, vou seguir!

Zlati disse...

Realmente...andei a espreitar o perfil e tudo..Tiro-te o chapéu, continua assim!

adrianamdebarros@uol.com.br disse...

Pedro,
ontem vi um comentário seu no meu blog e achei bem bacana os dois: te responder e o próprio comentário. Mas deixo-te uma pergunta escrita nestes anais: É MELHOR DER FELIZ OU TER RAZÃO? Sei lá...
beijos e welcome
belo blog
adriana monteiro de barros

Graça Pereira disse...

Pedro:
Para já gosto do teu nome e acho interessante a maneira como escreves e como te revelas.
Será que os jovens agora são tão "complicados", tão dificeis de decifrar ou sou eu que vejo tudo cor de rosa? Sigo um outro blog, com escrita bonita como a tua, num emaranhado de sentimentos e palavras, num cenário ás vezes cinza, outras, azul escuro, onde procuro o nascer do sol e sabes que ás vezes não encontro??
Um beijo.
Graça

Pedro Rodrigues disse...

Olá adriana. Pergunta dificil, não sei... Mas quero acreditar que ser feliz, tendo razão. Não vejo porque não possa ser assim.

Graça, antes de mais um olá para si também. Não os jovens não são complicados. Além disso o que é ser jovem?... Eu acredito que é conseguir preservar nem que seja um pouco apenas daquela criança que fomos e deixá-la soltar-se algumas vezes, para mim isso é ser jovem.

Cumprimentos.

Cristiano Contreiras disse...

Pedro, meu caro, muito interessante sua proposta e conceito do blog. A temática exerce um sublime domínio da literatura, isso muito me define. Gostei da proposta sua, da forma como constroi os posts, da maneira como se expressa e apresenta seu mundo...

te sigo, abraço! e volto mais!

Pedro Rodrigues disse...

Obrigado Cristiano e, bem vindo também ao meu humilde espaço.

Fico contente por saber que alguém se identifica, de alguma forma, com aquilo que escrevo.

Não sei para quando sai o próximo post pois nem sempre o tempo nos concede a harmonia necessária para criar o que pretendemos, no entanto, um fiel obrigado desde já, pelo teu desejo expressado de por cá quereres passar mais vezes.

Cumprimentos.

Cristiano Contreiras disse...

Visitei, parabéns pelo outro espaço! muito bom!

Você surpreende!

ah, te convido, se puder, a ser meu seguidor no Apimentário - fica melhor pra eu focar no seu blog, em seu trabalho. Se puder.
abs

continuando assim... disse...

e tantas vezes o silêncio nos mata !! quando o silêncio não fala :(