A beleza é coisa que se vê raramente. É como o vento, que passa a nossa
volta sem que demos conta que ele existe ou como o sol que nos faz espirrar
quando tentamos fixá-lo. Ou como a lua que não enxergamos durante dias ainda,
enquanto caminhamos pela rua à noite escondidos da nossa consciência.
A beleza é coisa que se sente com os olhos, numa dança que presenteia as
pupilas com música vinda do coração. É algo que só aprendemos a contemplar com
o tempo também, quando os sonhos descem à dimensão de quem somos e se tornam
maiores ainda.
A beleza é matéria sem átomo, conseguindo ser algo entre esse vácuo. Ela é,
no fundo, a verdadeira capacidade de se
ser feliz e de ver tudo o que se extende para lá do seu horizonte como um
espelho que reflecte uma imagem sem outro qualquer valor senão o de enxergar um
vulto igual em todas as partes, a si mesmo.
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