Hoje falo de algo íntimo, hoje exponho a vida, o estilo com que vivemos e, o modo como isso pode influenciar a nosso próprio caminho para a glória, o nosso adormecer na seda mais pura existente à face da terra, a nossa real consciência de que tudo o que fizemos tem um sentido de bondade e de sinceridade, enfim, a nossa derradeira e merecida, ou não, auto-realização.
Quem somos, pergunto-vos… De onde viemos, interrogo-vos… Conseguir-me-ão responder a uma questão tão simples como esta? A origem das vossas raízes… Decerto que não. Então porque tentam, continuamente, cruelmente ou, podendo até admitir que muitas vezes sem aparente consciência maliciosa, atribuir um sentido aos actos alheios?
Sim… É verdade, em determinados momentos das nossas vidas, uma questão tão pertinente, filosófica e legítima como a que concerne à ânsia de saber as nossas verídicas origens parece (mesmo sendo de difícil, ou de quase impossível resposta pois impossíveis não existem na realidade mas, antes capacidades ou incapacidades, de violar a ética comum) conseguir ser de bem mais acessível resolução do que a razão que nos leva a julgar os actos de quem nos está tão próximo… De quem também partilha a mesma ânsia de saber, no que a sua existência diz respeito, de quem partilha as mesmas dores (apesar de terem modos de expressão dissemelhantes) ou, de quem conhece as mesmas alegrias (destoando-se apenas nas suas formas) e é meramente julgado pela diferente postura que adopta, quando dá fugacidade, talvez, àquele que parece ser um hipócrita modelo padrão daquilo que deve ser a conduta comum humana…
Nós não somos ninguém. À margem disso podemos ser tudo aquilo que quisermos, porque usufruímos de uma liberdade igual à de todos os outros seres vivos. Se é verdade, que pensamos e, se é exacto que tenhamos um indício de racionalidade bem mais superior do que qualquer outra criatura pertencente a uma diferente espécie, também é de fácil apreciação que comecemos a agir de acordo com esses mesmos vestígios de supremacia. Sim, supremacia! Com todo o gosto, supremacia… Com toda a vaidade, supremacia… Com todo o prazer, supremacia… Não esqueçam, porém, que alguém que está num nível superior a outrem acarreta responsabilidades. Podemos, absolutamente, referir, com todo o orgulho, que somos a espécie superior, contudo, o que não podemos fazer é tornar esse saber em algo que só uma minoria pode ter acesso. Como líderes de espécies, temos o dever de ensinar às demais qual o melhor caminho para a paz, para a estabilidade e para a harmonia, que tanta falta fazem ao ecossistema terrestre.
E se todos nós temos uma missão, a de ensinar a chave para o sucesso… O como, de termos chegado a um patamar tão elevado de superioridade, não pode haver um porquê de criticarmos quem age de modo diferente, mas antes deverá ser criado um… - Vê! Um: - Repara! Um: - Olha para mim e aprende comigo como é bom propagar o bem e poder ser, legitimamente, um ser superior…
O que vamos vendo é bem discrepante, e eu, sei-o… Os que são superiores cegam com o poder, e os que não o são, em vez de se prestarem a aprender, sendo humildes e contribuindo para o avanço da civilização, tendem a cobiçar e a tornar, lógica, desta forma, a cegueira de autoridade dos seres superiores, que em vez de se predisporem a ensinar vão-se limitando a pensar que vivem, balbuciando-se com aquilo que passam a perspectivar como sendo o melhor modo de coabitar, mas que não é mais do que uma simples, estranha e lenta forma de morte intelectual e espiritual.
Não creio, ou melhor, evito influenciar a opinião alheia sobre assuntos metafísicos, todavia, duvido que alguma pessoa, aquando a hora da despedida deste mundo se anuncie, quando retroceda na sua vida, aproveitando o que as últimas lufadas de memória ainda lhe conceda, conviva bem com os actos desumanos que tenha cometido… Ao trocar, por exemplo, uma oportunidade de ouro, como é a de poder ensinar alguém a ascender ao mesmo nível de intelectualização, por um ou mais momentos de egocentrismo evidenciado pela exaltação do seu poder.
Julgar, por vezes, ou melhor, na maior parte das vezes, pode parecer o caminho mais claro quando não possuímos factos nem argumentos, contudo, é um dos mais sombrios cursos que podemos percorrer para atingir de forma negativa e vil, o sujeito figurativo desse julgamento. A não esquecer, igualmente, que o tempo não congela, e por isso, também os que deduzem poderão a qualquer momento das suas vazias e impetuosas vidas, serem alvos de calúnias que os levem não só a cair no fundo do poço, como também a aderirem-se a ele como qualquer pedaço de metal se agarra a um íman, tornando-se bastante complicado haver lugar para uma possível separação (no caso do metal que se agarra ao íman), ou salvação (num caso mais grotesco, quando o ser humano se deixa de acreditar de si próprio).
Não pensemos nos outros portanto, esse é o meu conselho. E se pensarmos que seja para os auxiliar, caso eles necessitem ou, simplesmente, desfrutar da sua amável (como deverá ser sempre) companhia. E se errarmos, pois claro… Que nenhum de nós está livre de cair na desgraça… Que tenhamos a humildade suficiente para nos erguermos e recomeçarmos a nossa crença no bem novamente… E que nunca… Mas nunca… Tenhamos o desprazer de vir a presenciar em títulos de outros textos, uma vergonha global, ali, estampada em papel, que nos diga, embaraçosamente: Nós, os outros e a infelicidade.
Quem somos, pergunto-vos… De onde viemos, interrogo-vos… Conseguir-me-ão responder a uma questão tão simples como esta? A origem das vossas raízes… Decerto que não. Então porque tentam, continuamente, cruelmente ou, podendo até admitir que muitas vezes sem aparente consciência maliciosa, atribuir um sentido aos actos alheios?
Sim… É verdade, em determinados momentos das nossas vidas, uma questão tão pertinente, filosófica e legítima como a que concerne à ânsia de saber as nossas verídicas origens parece (mesmo sendo de difícil, ou de quase impossível resposta pois impossíveis não existem na realidade mas, antes capacidades ou incapacidades, de violar a ética comum) conseguir ser de bem mais acessível resolução do que a razão que nos leva a julgar os actos de quem nos está tão próximo… De quem também partilha a mesma ânsia de saber, no que a sua existência diz respeito, de quem partilha as mesmas dores (apesar de terem modos de expressão dissemelhantes) ou, de quem conhece as mesmas alegrias (destoando-se apenas nas suas formas) e é meramente julgado pela diferente postura que adopta, quando dá fugacidade, talvez, àquele que parece ser um hipócrita modelo padrão daquilo que deve ser a conduta comum humana…
Nós não somos ninguém. À margem disso podemos ser tudo aquilo que quisermos, porque usufruímos de uma liberdade igual à de todos os outros seres vivos. Se é verdade, que pensamos e, se é exacto que tenhamos um indício de racionalidade bem mais superior do que qualquer outra criatura pertencente a uma diferente espécie, também é de fácil apreciação que comecemos a agir de acordo com esses mesmos vestígios de supremacia. Sim, supremacia! Com todo o gosto, supremacia… Com toda a vaidade, supremacia… Com todo o prazer, supremacia… Não esqueçam, porém, que alguém que está num nível superior a outrem acarreta responsabilidades. Podemos, absolutamente, referir, com todo o orgulho, que somos a espécie superior, contudo, o que não podemos fazer é tornar esse saber em algo que só uma minoria pode ter acesso. Como líderes de espécies, temos o dever de ensinar às demais qual o melhor caminho para a paz, para a estabilidade e para a harmonia, que tanta falta fazem ao ecossistema terrestre.
E se todos nós temos uma missão, a de ensinar a chave para o sucesso… O como, de termos chegado a um patamar tão elevado de superioridade, não pode haver um porquê de criticarmos quem age de modo diferente, mas antes deverá ser criado um… - Vê! Um: - Repara! Um: - Olha para mim e aprende comigo como é bom propagar o bem e poder ser, legitimamente, um ser superior…
O que vamos vendo é bem discrepante, e eu, sei-o… Os que são superiores cegam com o poder, e os que não o são, em vez de se prestarem a aprender, sendo humildes e contribuindo para o avanço da civilização, tendem a cobiçar e a tornar, lógica, desta forma, a cegueira de autoridade dos seres superiores, que em vez de se predisporem a ensinar vão-se limitando a pensar que vivem, balbuciando-se com aquilo que passam a perspectivar como sendo o melhor modo de coabitar, mas que não é mais do que uma simples, estranha e lenta forma de morte intelectual e espiritual.
Não creio, ou melhor, evito influenciar a opinião alheia sobre assuntos metafísicos, todavia, duvido que alguma pessoa, aquando a hora da despedida deste mundo se anuncie, quando retroceda na sua vida, aproveitando o que as últimas lufadas de memória ainda lhe conceda, conviva bem com os actos desumanos que tenha cometido… Ao trocar, por exemplo, uma oportunidade de ouro, como é a de poder ensinar alguém a ascender ao mesmo nível de intelectualização, por um ou mais momentos de egocentrismo evidenciado pela exaltação do seu poder.
Julgar, por vezes, ou melhor, na maior parte das vezes, pode parecer o caminho mais claro quando não possuímos factos nem argumentos, contudo, é um dos mais sombrios cursos que podemos percorrer para atingir de forma negativa e vil, o sujeito figurativo desse julgamento. A não esquecer, igualmente, que o tempo não congela, e por isso, também os que deduzem poderão a qualquer momento das suas vazias e impetuosas vidas, serem alvos de calúnias que os levem não só a cair no fundo do poço, como também a aderirem-se a ele como qualquer pedaço de metal se agarra a um íman, tornando-se bastante complicado haver lugar para uma possível separação (no caso do metal que se agarra ao íman), ou salvação (num caso mais grotesco, quando o ser humano se deixa de acreditar de si próprio).
Não pensemos nos outros portanto, esse é o meu conselho. E se pensarmos que seja para os auxiliar, caso eles necessitem ou, simplesmente, desfrutar da sua amável (como deverá ser sempre) companhia. E se errarmos, pois claro… Que nenhum de nós está livre de cair na desgraça… Que tenhamos a humildade suficiente para nos erguermos e recomeçarmos a nossa crença no bem novamente… E que nunca… Mas nunca… Tenhamos o desprazer de vir a presenciar em títulos de outros textos, uma vergonha global, ali, estampada em papel, que nos diga, embaraçosamente: Nós, os outros e a infelicidade.
Compreender, é o mais difícil do actos a ter, justamente porque é o mais fácil de aplicar… (Pedro Rodrigues, 17-10-2008).
Editado a 9 de Dezembro de 2007.
1 comentários:
Gosto do tema. Afinal criticar a vida alheia é tarefa que todos adoramos, sobretudo, os mais despromovidos de virtudes intrisecas. Talvés um modo de se sentirem melhores, a competividade em que se vive, também se exime de tolorancia e de solidariedade. Gosto do texto, do tema, especialmente por ser um jovem que o escreve. Julgar é sempre mais facil, compreender dá mais trabalho, exige mais da cabecinha de cada um e des sentimentos, sentimentos que afinal se passam justamente no cerebro.
Cumprimentos
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