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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Entrei.
Agarrei-te e consumi-te.
Deixas-te.
Hoje,
Amanhã,
Sempre.
Porque sabes
Que a cada vez que me vou,
Mais de ti fico.
Porque sabes que
Não sou de mais ninguém
Senão não do meu egoísmo.
Porque sabes que sou
Quem sou,
Que não finjo…
A tua consciência de mim
Afasta-te de quem és.
Escravizo-te.
Permites…
A tua insegurança
Vende-te.
Compro-te com
A minha certeza.
Não te quero amar.
Não te vou amar.
Dás-te…
Cuspindo em mim
O fogo da tua carne.
Queimando com os olhos
A exactidão da minha ausência.
Cobrindo com o corpo
A voz da única verdade.
Dás-te…
Enrolas-te no vazio
Da minha forma.
Gemes no silêncio
Da tua fantasia.
Arruínas-te, no centro
Do teu masoquismo.
Amas-me.
Porque a minha rejeição
Te confunde.
Porque a minha presença
Te preenche.
Porque a minha superioridade
Te atinge.
Enlouqueces.
Porque sabes, afinal,
Que jamais serei de ti…

4 comentários:

Isa Mestre disse...

Diria que mais que diálogo, foi o momento em que as nossas mentes se cruzaram no tempo, o momento em que as nossas personagens se desenharam na folha de papel. Pedro, é grande quem escreve o que sente, quem consegue por no papel aquelas coisas que juramos impossíveis de escrever. Amei! Continua a encantar-nos com a tua escrita e deixa que o mundo gire sobre ti.

Isa Mestre

Adriano Narciso disse...

muito bom peter!

Anónimo disse...

sou a tua fã numero 1!!!
o ricardo sabe do que estou a flr...dos teus poemas! lool
Xau um bj*
P.S. tens muito jeito pa coisa! ;)

Anónimo disse...

bem... nem sei como comentar....
vais longe primo! sempre acreditei em ti! sempre irei acreditar...
continua a escrever assim!
beijo grande! M.