quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Há perdas grandes demais para se explicarem por palavras. Hoje e sempre, ficarão as memórias. Viverás sempre no meu coração. Obrigado. Foi um privilégio ter-te tido como mentor.
Descansa em paz amigo.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Porque não escrevo.
Escrever hoje, agora
mesmo, é ler com a alma a razão que me inconsciencializa os dias.
É a morte no meu corpo
e o vazio puro nos meus dias.
Não. Eu não quero
acordar na realidade. Não nesta.
Não escrevo.
Para não sentir.
Para não pensar.
Para não viver.
Porque a vida não se
escreve só com poemas de amor.
Céus... E como o ar é
mais leve com esses poemas.
Porque não escrevo, só
Deus sabe.
Esse Deus que sabe
sempre mais do que eu. Do que nós.
Só ele sabe se
voltarei um dia a escrever.
Não sei quando
acontecerá.
Só sei que hoje não
escrevo.
Publicada por Pedro Rodrigues à(s) 5.12.13 0 comentários
quarta-feira, 30 de maio de 2012
A Música na vida.
A vida é uma música que nos torna singulares. Guitarristas, tocamos.
Fadistas, choramos. Bateristas, trememos. Escritores, emocionamos.
A vida é mais simples do que pensamos.
Poetas, sonhamos. Zé ninguéns vagueamos. Virgens, divagamos.
A vida é como um mar que vai e vem e que é sempre mar porque nunca é de
ninguém.
Invejosos, penamos. Intriguistas, sofremos. Ladrões, pagamos.
A vida é como uma moeda de duas faces que podemos jogar ao ar quando nos
apetece. Sejamos humanos e joguemos todas as moedas ao mar, para que elas, como
o mar, vão e voltem, sem jamais pertencer
a alguém.
Publicada por Pedro Rodrigues à(s) 30.5.12 1 comentários
sábado, 12 de maio de 2012
Naquele triste chão.
Naquele triste chão, as lágrimas foram sorrisos que chegaram ao céu. Os passos,
bibliotecas cheias de histórias intemporais, intermináveis. O vento, uma mão
meiga que moldava o cascalho.
Naquele triste chão.
Os dias, um após outro, raiavam como o primeiro. E os relógios paravam. Os
seres paravam. Os rios, os oceanos, o ar. Os planetas. As estrelas e os cometas paravam.
Naquele triste chão.
A saudade era um conceito em fase de construção. E a felicidade, desconhecida
dos antónimos. As palavras, apesar de leigas, faziam todo o sentido juntas sobre
aquele chão, onde tudo parecia enorme. Um chão feito à medida de um sonho, de vários.
Onde o ódio nunca entoara um cântico, e o corpo e o juízo dançavam apenas tolos
ao som de uma canção de amor mais tola ainda. Uma canção de amor simples, de amor
a tudo.
Naquele triste chão.
Abro os olhos e avisto-o outra vez, está igual. Apenas eu mudei. A
curiosidade transformou-se em certeza, e a vida por cima daquele chão ficou mais triste, foi-se perdendo devagar como um desenho feito na areia.
Publicada por Pedro Rodrigues à(s) 12.5.12 1 comentários
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Apresentação.
A marca resume-se como poucas, ao que realmente é. Um conceito feito por
todos nós, contribuintes e que visa, através da aplicação de uma parte dos
impostos de todos, gerar lucro suficiente para pagar a dívida de todos numa
primeira instância, e promover a harmonia social de todos de uma forma
continuada numa segunda fase.
Ninguém pode não comer. Por isso fundar um hipermercado é, à partida, um
projecto com futuro. Fundar vários, é uma oportunidade que não se pode
negligenciar, sobretudo numa economia de escala global e que se auto intitula
por livre.
O Continente e o Pingo Doce são actualmente dois exemplos de excelência
no que concerne ao lucro gerado a partir deste tipo de negócio. Porém têm
imensos encargos finenceiros que penso que nós, enquanto gestores de nós
próprios não teríamos. Dou um exemplo:
Com cerca de 600 mil desempregados, os locais estratégicos de
implementação das primeiras superfícies seriam zonas onde logicamente o
desemprego mais se faz sentir e que são também zonas onde existe maior
concentração de população, algo que beneficia claramente a fomentação do negócio:
Lisboa, Porto, Faro. Os desempregados trabalhariam como forma de retribuição ao
pagamento dos seus subsídios, podendo ganhar mais se quisessem fazer mais
horas, nesse caso ser-lhes-ia pago um valor extra por hora efectuada de modo a
garantir que nenhum dos nossos funcionários fosse explorado, por um lado, e
impedido de trabalhar mais e ganhar por isso mais se assim fosse a sua vontade.
Com esta medida pouparíamos em custos com pessoal, pois enquanto Estado teríamos
de lhes pagar sempre os subsídios, a única novidade aqui é que os cidadãos que
infelizmente foram atormentados com a dura realidade do desemprego poderiam
contríbuir de forma mais activa para a sociedade.
No que diz respeito aos produtos comercializados, não serão diferentes
dos que as outras superfícies vendem. É fulcral comprar aos mesmos fornecedores,
desse modo contribuiremos para que estes não se desvanecam criando mais
desemprego. Por isso os preços não serão diferentes dos praticados pelas outras
marcas de hipermercados, dessa forma haverá uma luta leal pela angariação de
clientes.
Quanto à publicidade, não faremos. Em todas as fachadas dos nossos
supermercados teremos apenas uma breve citação:
“Compre aqui se quiser, os preços são iguais aos dos outros lados. Saiba
apenas que se comprar aqui, poderá contríbuir para o enriquecimento social do
seu país.”
E porque seremos sempre transparentes, prepararemos uma equipa de recém-licenciados
na área da informática e da economia, que actualizarão semanalmente num website
público, os lucros e despesas gerados em todas as lojas. Sendo que todas as
facturas serão disponibilizadas em pdf como forma de salvaguardar a justiça e a
verdade do nosso trabalho. Se gastámos 5€ numa resma de papel para impressão dos
recibos de vencimento/subsídio dos nossos funcionários, essa factura constará
no site. Se empreendermos 10.000€ numa causa social, na abertura de um refeitório
para os sem abrigo, por exemplo, todas as facturas desse empreendimento serão
declaradas publicamente. Chega de aldrabices.
Publicada por Pedro Rodrigues à(s) 10.5.12 0 comentários
O que me assusta não é a bancarrota, mas o que a massa jovem não faz para
tirar a velha bandeira da penúria. Que falta de força na verga caramba. E que
tremenda falta de criatividade colectiva também.
Ontem vi num filme uma cena que, apesar de curta, explica na perfeição a
personalidade da nossa irmandade. Um
grupo de miúdos passa ao lado de uma velhota, ao aperceberem-se que esta deixa
cair um saco de compras no chão, em vez de lhe prestarem auxílio, acabam por
fazer pouco dela. (Gran Torino).
Pois bem, assim está a nossa massa jovem, em vez de ajudar a tirar o país
da crise exigindo aos culpados uma pré-reforma, vão-se refugiando no
facilitismo dos momentos boémios troçando do seu próprio presente enquanto
brindam tolos com um futuro tão vazio quanto as suas cabeças.
Uma empresa de supermercados, dizem os jornais, gerou de lucro no
primeiro trimestre do ano passado, mais do que aquilo que era necessário para
pagar a dívida pública portuguesa. Do lado inverso residem a generalidade dos
organismo públicos que, e, segundo esses mesmos jornais, tiveram de implementar
uma série de reformas para não se afundarem ainda mais. Pois bem, das duas uma,
ou os jornalistas são uns grandessísimos aldrabões, ou os cidadãos portugueses
já se prepararam psicologicamente para andarem a pão e água durante o que resta
deste século.
Eu não gosto de pão e água. Gosto de pão e gosto de água, mas os dois
juntos? Isso ao fim de uma semana é capaz de dar em diarreias.
Ora bem, se por um lado temos uma empresa privada a gerar imenso lucro e
por outro lado temos outra pública a gerar prejuízo, não seria lógico copiar a
ideia privada?
É nesse sentido que apresentarei um plano de salvação para Portugal nos
próximos posts. Desde já admito gralhas, que não sou político e por isso não
tenho de ser perfeito. Admito também a voz de todos, porque como não sou político
não tenho, por isso, de ser dono da razão. Prestando o meu contributo da forma
que me ocorre, usando o pensamento.
Até mais.
Publicada por Pedro Rodrigues à(s) 10.5.12 0 comentários
quarta-feira, 2 de maio de 2012
A beleza é coisa que se vê raramente. É como o vento, que passa a nossa
volta sem que demos conta que ele existe ou como o sol que nos faz espirrar
quando tentamos fixá-lo. Ou como a lua que não enxergamos durante dias ainda,
enquanto caminhamos pela rua à noite escondidos da nossa consciência.
A beleza é coisa que se sente com os olhos, numa dança que presenteia as
pupilas com música vinda do coração. É algo que só aprendemos a contemplar com
o tempo também, quando os sonhos descem à dimensão de quem somos e se tornam
maiores ainda.
A beleza é matéria sem átomo, conseguindo ser algo entre esse vácuo. Ela é,
no fundo, a verdadeira capacidade de se
ser feliz e de ver tudo o que se extende para lá do seu horizonte como um
espelho que reflecte uma imagem sem outro qualquer valor senão o de enxergar um
vulto igual em todas as partes, a si mesmo.
Publicada por Pedro Rodrigues à(s) 2.5.12 0 comentários
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