O que me assusta não é a bancarrota, mas o que a massa jovem não faz para
tirar a velha bandeira da penúria. Que falta de força na verga caramba. E que
tremenda falta de criatividade colectiva também.
Ontem vi num filme uma cena que, apesar de curta, explica na perfeição a
personalidade da nossa irmandade. Um
grupo de miúdos passa ao lado de uma velhota, ao aperceberem-se que esta deixa
cair um saco de compras no chão, em vez de lhe prestarem auxílio, acabam por
fazer pouco dela. (Gran Torino).
Pois bem, assim está a nossa massa jovem, em vez de ajudar a tirar o país
da crise exigindo aos culpados uma pré-reforma, vão-se refugiando no
facilitismo dos momentos boémios troçando do seu próprio presente enquanto
brindam tolos com um futuro tão vazio quanto as suas cabeças.
Uma empresa de supermercados, dizem os jornais, gerou de lucro no
primeiro trimestre do ano passado, mais do que aquilo que era necessário para
pagar a dívida pública portuguesa. Do lado inverso residem a generalidade dos
organismo públicos que, e, segundo esses mesmos jornais, tiveram de implementar
uma série de reformas para não se afundarem ainda mais. Pois bem, das duas uma,
ou os jornalistas são uns grandessísimos aldrabões, ou os cidadãos portugueses
já se prepararam psicologicamente para andarem a pão e água durante o que resta
deste século.
Eu não gosto de pão e água. Gosto de pão e gosto de água, mas os dois
juntos? Isso ao fim de uma semana é capaz de dar em diarreias.
Ora bem, se por um lado temos uma empresa privada a gerar imenso lucro e
por outro lado temos outra pública a gerar prejuízo, não seria lógico copiar a
ideia privada?
É nesse sentido que apresentarei um plano de salvação para Portugal nos
próximos posts. Desde já admito gralhas, que não sou político e por isso não
tenho de ser perfeito. Admito também a voz de todos, porque como não sou político
não tenho, por isso, de ser dono da razão. Prestando o meu contributo da forma
que me ocorre, usando o pensamento.
Até mais.
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