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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

É o demónio.




É o demónio
Quem nos provoca
E nos insiste em colocar
Num frente a frente
Que é cegueira e ódio
E jogo de saliva
Desmedida e invisível.

Negas-me o toque
Com um desvio
Inevitável como
A incapacidade
De me apagares
Mentalmente.
A mentira, é tua.
A sua sombra,
Uma garantia
Para mim,
De que ainda
Não partiste.
De que ainda não
Te esqueceste da
Espiral controvérsia
Ateada em noites
De um silêncio
Interrompido pelo
Barulho dos nossos
Corpos cruzando
Dor com prazer.

É o demónio
Quem me provoca
E nos insiste em colocar
Num pesadelo que é sonho
De engano e verdade
De uma ilusão levada
Pelo vento de um caos
Chamado de pensamento.
Sim,
É ele
Quem escreve
Esta união deturpada
Nas nossas cabeças
E se diverte
Obrigando-nos
A descodificá-la.

É ele quem nos mutila
Nas horas mortas,
Enchendo-nos de
Lembranças imorais.
E que nos tenta,
Ao cair de cada noite
Solitária, com
A sua tirana
Vontade de nos
Voltar a ver
Insanos,
Ordinários
E descontroladamente
Inteiros…