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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Música na vida.




A vida é uma música que nos torna singulares. Guitarristas, tocamos. Fadistas, choramos. Bateristas, trememos. Escritores, emocionamos.

A vida é mais simples do que pensamos.

Poetas, sonhamos. Zé ninguéns vagueamos. Virgens, divagamos.

A vida é como um mar que vai e vem e que é sempre mar porque nunca é de ninguém.

Invejosos, penamos. Intriguistas, sofremos. Ladrões, pagamos.

A vida é como uma moeda de duas faces que podemos jogar ao ar quando nos apetece. Sejamos humanos e joguemos todas as moedas ao mar, para que elas, como o mar, vão e voltem, sem jamais pertencer  a alguém.

sábado, 12 de maio de 2012

Naquele triste chão.



Naquele triste chão, as lágrimas foram sorrisos que chegaram ao céu. Os passos, bibliotecas cheias de histórias intemporais, intermináveis. O vento, uma mão meiga que moldava o cascalho.

Naquele triste chão.

Os dias, um após outro, raiavam como o primeiro. E os relógios paravam. Os seres paravam. Os rios, os oceanos, o ar.  Os planetas. As estrelas e os cometas paravam.

Naquele triste chão.

A saudade era um conceito em fase de construção. E a felicidade, desconhecida dos antónimos. As palavras, apesar de leigas, faziam todo o sentido juntas sobre aquele chão, onde tudo parecia enorme. Um chão feito à medida de um sonho, de vários. Onde o ódio nunca entoara um cântico, e o corpo e o juízo dançavam apenas tolos ao som de uma canção de amor mais tola ainda. Uma canção de amor simples, de amor a tudo.

Naquele triste chão.

Abro os olhos e avisto-o outra vez, está igual. Apenas eu mudei. A curiosidade transformou-se em certeza, e a vida por cima daquele chão ficou mais triste, foi-se perdendo devagar como um desenho feito na areia.

quinta-feira, 10 de maio de 2012



Apresentação.



A marca resume-se como poucas, ao que realmente é. Um conceito feito por todos nós, contribuintes e que visa, através da aplicação de uma parte dos impostos de todos, gerar lucro suficiente para pagar a dívida de todos numa primeira instância, e promover a harmonia social de todos de uma forma continuada numa segunda fase.

Ninguém pode não comer. Por isso fundar um hipermercado é, à partida, um projecto com futuro. Fundar vários, é uma oportunidade que não se pode negligenciar, sobretudo numa economia de escala global e que se auto intitula por livre.

O Continente e o Pingo Doce são actualmente dois exemplos de excelência no que concerne ao lucro gerado a partir deste tipo de negócio. Porém têm imensos encargos finenceiros que penso que nós, enquanto gestores de nós próprios não teríamos. Dou um exemplo:

Com cerca de 600 mil desempregados, os locais estratégicos de implementação das primeiras superfícies seriam zonas onde logicamente o desemprego mais se faz sentir e que são também zonas onde existe maior concentração de população, algo que beneficia claramente a fomentação do negócio: Lisboa, Porto, Faro. Os desempregados trabalhariam como forma de retribuição ao pagamento dos seus subsídios, podendo ganhar mais se quisessem fazer mais horas, nesse caso ser-lhes-ia pago um valor extra por hora efectuada de modo a garantir que nenhum dos nossos funcionários fosse explorado, por um lado, e impedido de trabalhar mais e ganhar por isso mais se assim fosse a sua vontade. Com esta medida pouparíamos em custos com pessoal, pois enquanto Estado teríamos de lhes pagar sempre os subsídios, a única novidade aqui é que os cidadãos que infelizmente foram atormentados com a dura realidade do desemprego poderiam contríbuir de forma mais activa para a sociedade.

No que diz respeito aos produtos comercializados, não serão diferentes dos que as outras superfícies vendem. É fulcral comprar aos mesmos fornecedores, desse modo contribuiremos para que estes não se desvanecam criando mais desemprego. Por isso os preços não serão diferentes dos praticados pelas outras marcas de hipermercados, dessa forma haverá uma luta leal pela angariação de clientes.

Quanto à publicidade, não faremos. Em todas as fachadas dos nossos supermercados teremos apenas uma breve citação:

“Compre aqui se quiser, os preços são iguais aos dos outros lados. Saiba apenas que se comprar aqui, poderá contríbuir para o enriquecimento social do seu país.”

E porque seremos sempre transparentes, prepararemos uma equipa de recém-licenciados na área da informática e da economia, que actualizarão semanalmente num website público, os lucros e despesas gerados em todas as lojas. Sendo que todas as facturas serão disponibilizadas em pdf como forma de salvaguardar a justiça e a verdade do nosso trabalho. Se gastámos 5€ numa resma de papel para impressão dos recibos de vencimento/subsídio dos nossos funcionários, essa factura constará no site. Se empreendermos 10.000€ numa causa social, na abertura de um refeitório para os sem abrigo, por exemplo, todas as facturas desse empreendimento serão declaradas publicamente. Chega de aldrabices.



O que me assusta não é a bancarrota, mas o que a massa jovem não faz para tirar a velha bandeira da penúria. Que falta de força na verga caramba. E que tremenda falta de criatividade colectiva também.

Ontem vi num filme uma cena que, apesar de curta, explica na perfeição a personalidade da nossa irmandade. Um grupo de miúdos passa ao lado de uma velhota, ao aperceberem-se que esta deixa cair um saco de compras no chão, em vez de lhe prestarem auxílio, acabam por fazer pouco dela. (Gran Torino).

Pois bem, assim está a nossa massa jovem, em vez de ajudar a tirar o país da crise exigindo aos culpados uma pré-reforma, vão-se refugiando no facilitismo dos momentos boémios troçando do seu próprio presente enquanto brindam tolos com um futuro tão vazio quanto as suas cabeças.

Uma empresa de supermercados, dizem os jornais, gerou de lucro no primeiro trimestre do ano passado, mais do que aquilo que era necessário para pagar a dívida pública portuguesa. Do lado inverso residem a generalidade dos organismo públicos que, e, segundo esses mesmos jornais, tiveram de implementar uma série de reformas para não se afundarem ainda mais. Pois bem, das duas uma, ou os jornalistas são uns grandessísimos aldrabões, ou os cidadãos portugueses já se prepararam psicologicamente para andarem a pão e água durante o que resta deste século.

Eu não gosto de pão e água. Gosto de pão e gosto de água, mas os dois juntos? Isso ao fim de uma semana é capaz de dar em diarreias.

Ora bem, se por um lado temos uma empresa privada a gerar imenso lucro e por outro lado temos outra pública a gerar prejuízo, não seria lógico copiar a ideia privada?

É nesse sentido que apresentarei um plano de salvação para Portugal nos próximos posts. Desde já admito gralhas, que não sou político e por isso não tenho de ser perfeito. Admito também a voz de todos, porque como não sou político não tenho, por isso, de ser dono da razão. Prestando o meu contributo da forma que me ocorre, usando o pensamento.

Até mais.

quarta-feira, 2 de maio de 2012



A beleza é coisa que se vê raramente. É como o vento, que passa a nossa volta sem que demos conta que ele existe ou como o sol que nos faz espirrar quando tentamos fixá-lo. Ou como a lua que não enxergamos durante dias ainda, enquanto caminhamos pela rua à noite escondidos da nossa consciência.


A beleza é coisa que se sente com os olhos, numa dança que presenteia as pupilas com música vinda do coração. É algo que só aprendemos a contemplar com o tempo também, quando os sonhos descem à dimensão de quem somos e se tornam maiores ainda.


A beleza é matéria sem átomo, conseguindo ser algo entre esse vácuo. Ela é, no fundo,  a verdadeira capacidade de se ser feliz e de ver tudo o que se extende para lá do seu horizonte como um espelho que reflecte uma imagem sem outro qualquer valor senão o de enxergar um vulto igual em todas as partes, a si mesmo.