Ri, boca, ri. Que os olhos pagam as tuas dívidas e estes braços amortizam os juros que as nossas pernas não conseguem saudar. Dos ombros, uma notícia apenas. O mesmo cansaço de sempre e que aparece só quando lhe convém, oferecendo aquele velho e conhecido ar de sua graça aos restantes membros já desfalecidos. E tudo o que se ergue neste corpo é pó antes mesmo de ter sido vida. E tudo o que tremelica no útero da testa é filho de pai incógnito.
Ri, boca, ri. Aproveita enquanto podes… Que de amanhã ninguém sabe, e não vás tu ter de vender o próprio sorriso em troca de um naco de pão.
Revolução!
Depois disso, venha mais pinga que brindaremos à força do povo, à ineficácia dos políticos, à ganância dos gestores, à brutalidade da polícia, à devoção extrema dos advogados, à nação?
E porque não?
Venha mais pinga pois então…
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